quarta-feira, 31 de julho de 2013

Desacatamos a lógica
Quando incremos
Crer, é ser e ver
É estar em órbita
Essa incrença mórbida
Nos faz nos fazer
pequenos.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

As manhãs de fogo são lembranças
As tardes abençoadas, um boato
As noites perfumadas, rumor

A constante, real, é a mudança
Quanto menos sol e cheiro de mato
Bem menos muda ou perfuma o amor.

Divagações invernantes

O frio pagão roí os ossos
E faz-me lembrar do verão
Deveríamos ter no amor, a posição que temos
diante do verão:
Alguns parecem longos, outros curtos
Alguns queimam nossa pele, outros só nos abafam
Alguns são difíceis de esquecer.
Mas todos, todos eles, passam.
E dão lugar ao frio
Pagão
Que rói os ossos.

sábado, 13 de julho de 2013

A Janta número 2

Meio milhão de anos
Meio a meio, ano difícil.
E no meio da alcova mais sombria do edifício
jantamo-nos.



A Janta número 1

No cardápio havia
Três padre-nossos
Sete ave-Marias
Quais mãos suariam
Mais que as minhas?
No final,
Fio dental,
E mil Salve-Rainhas!