segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Tempo: Quem bate?
Nas portas e janelas trancadas, quem força as dobradiças?
Quem, tão tarde, bate? Empurra a tramela, a tranca?
Quais são os dedos que importunam meu silêncio?
De quem é a voz, que me grita da rua? Quem bate?
Quem importuna meu sono? Meus devaneios?
Quem, em nome de Deus, mata as minhas quimeras?
Quem tenta roubar de mim, a minha solidão?
Quem me acorda? Quem?
Tempo.(Assassino do Silêncio)
Sussurrado, soprado.
O tempo tentou entrar, desfez a teia do transe
Inundou meu quarto de som, estampidos e fogos de artifícios
Inevitavelmente, inexoravelmente,
De tanto bater, o tempo iria entrar.


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