sábado, 15 de fevereiro de 2014

Ressaca.

Quero beber a mais herética das liberdades
O mais doce e denso dos amores
A última gota dos dilemas
Quero beber a vida, em goles rápidos
Estasiantes, sufocantes! Sem respirar!
Quero beber o vento, o mar, o sol...

Mas eles estão lá fora, revoltados com
A minha sede. Eles estão no meu portão
Bloqueando a brisa tépida, o mar bravio
E o sol sem coroa.
Queria bebê-los também, absorve-los
Mas não os engulo a seco. Por isso
Bebo a mim mesmo, me consumo,
Quando estou bêbado de mim
Vomito o que eu sou e fui
Aqui.

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