Nhá Camila dizia para Júlio Cesar:
Levanta, menino, vá arrumar um serviço
Júlio Cesar, respondia depressa:
"Tô ino, mãe, tô ino!"
Garoto danado, fugia da lida
Comadre Camila, berrava ligeiro
Acorda, menino, arruma um emprego!
Levanta safado, acorda pra vida!
Júlio Cesar um dia acordou
No pé, o chinelo, maleta sem fundo
Menino danado, se embriagou
Com cheiro de novo do oco do mundo.
João do Mar
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Schrödinger II
Descanso, a tarde, numa sombra
Que se alonga conforme o tempo passa
Ouço revoar alguma garça
Escondida nalgum canto da obra
Estando ali, estaria onde?
Senão ali, deitado e calado?
Quem abriu este balaio de gato
Quem descarrilhou o bonde?
Que olho curioso fez real esse universo?
Qual era a alternativa, qual seria o resultado?
E se o tempo ido fosse agora revogado?
E se tudo fosse novo, anulado ou inverso?
Descanso? A tarde já vai se despedindo
Um gato preto pula pelo muro do regato
"Talvez a vida seja o chorar o que foi perdido"
E a nossa curiosidade quase sempre mata o gato.
Que se alonga conforme o tempo passa
Ouço revoar alguma garça
Escondida nalgum canto da obra
Estando ali, estaria onde?
Senão ali, deitado e calado?
Quem abriu este balaio de gato
Quem descarrilhou o bonde?
Que olho curioso fez real esse universo?
Qual era a alternativa, qual seria o resultado?
E se o tempo ido fosse agora revogado?
E se tudo fosse novo, anulado ou inverso?
Descanso? A tarde já vai se despedindo
Um gato preto pula pelo muro do regato
"Talvez a vida seja o chorar o que foi perdido"
E a nossa curiosidade quase sempre mata o gato.
Schrödinger
Pelo sim e pelo não
Quebrei alguns cartões
Alguns, não, todos eles
Remendei calças e gravatas
Revindiquei reinos e coroas
Pelo sim e pelo não
Garanti horas-extras
Fiz alguns inimigos
Bebi mais que devia
Falei mais que queria
Pelo sim e pelo não
Fiz e não fiz
amei e não amei
Odiei
Roguei pragas
Abençoei
Pelo sim e pelo não
Transcendi
Eclodi
E agora
Poderia estar morto ou vivo
E a questão nem seria essa
Morto ou vivo, morto e vivo
talvez vivo.
Quebrei alguns cartões
Alguns, não, todos eles
Remendei calças e gravatas
Revindiquei reinos e coroas
Pelo sim e pelo não
Garanti horas-extras
Fiz alguns inimigos
Bebi mais que devia
Falei mais que queria
Pelo sim e pelo não
Fiz e não fiz
amei e não amei
Odiei
Roguei pragas
Abençoei
Pelo sim e pelo não
Transcendi
Eclodi
E agora
Poderia estar morto ou vivo
E a questão nem seria essa
Morto ou vivo, morto e vivo
talvez vivo.
sábado, 10 de agosto de 2013
Se faço versos endiabrados
cabe a mim só o julgamento
Se faço acordes desmantelados
Porque te dói? Porque o tormento?
Meu verso é como fosse o mar
Revoltoso, escuro, profundo
ou calmo, alegre, de se nadar
mas sempre há toda água do mundo!
Reclamas, reclamas, reclamas também
Revolta-se sempre.Que é isso, menina!
Ou meus versos a senhora abomina,
Ou no fundo me quer bem.
cabe a mim só o julgamento
Se faço acordes desmantelados
Porque te dói? Porque o tormento?
Meu verso é como fosse o mar
Revoltoso, escuro, profundo
ou calmo, alegre, de se nadar
mas sempre há toda água do mundo!
Reclamas, reclamas, reclamas também
Revolta-se sempre.Que é isso, menina!
Ou meus versos a senhora abomina,
Ou no fundo me quer bem.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Amanhã.
Amanhã
faço a barba
corto laços
quebro barras
lanço moda
minha alma de fora
vou viajar
Paro de fumar
vou ver a lua
ando na rua
vou ver o mar
Amanhã,só
Ah! O Amanhã...
Planejado, discutido
e sentenciado
Prova inconcreta
Quintessência
da existência
do "deixa pra lá"
faço a barba
corto laços
quebro barras
lanço moda
minha alma de fora
vou viajar
Paro de fumar
vou ver a lua
ando na rua
vou ver o mar
Amanhã,só
Ah! O Amanhã...
Planejado, discutido
e sentenciado
Prova inconcreta
Quintessência
da existência
do "deixa pra lá"
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