sábado, 19 de abril de 2014

Em nome da Família.

Os agentes da Babilônia
Lançaram neste sábado
Em uma crise de insônia
Um projeto de lei bárbaro!

Da emissão do documento
Até o fim de todos os planetas
Eles terão um controle imenso
Dos nossos paus, cús e bocetas.



quinta-feira, 17 de abril de 2014

Mujahid

Combater é preciso
Viver ou morrer, consequência
A Babilônia nos toma a essência
E nos devolve em forma de carência
Resistência
É o nosso dever, viver ou morrer?
Paciência...
E quando ela nos falta?
Nosso grito tem uma nota alta
Há quem diga que as armas chegarão
Há quem diga que voltar é solução
Há quem diga que não há redenção
Nós não dizemos corremos atrás do pão
Ave Maria antes de dormir, um Pai Nosso
Antes de sair
Sem garantia de voltar
Mas estar de pé, quando os homens chegar
Não desviar o olhar, Jurar, resistir, lutar
Até o joelho fraquejar
E quando cair? Levantar é única opção
A Babilônia quer te ver no chão.
A Puta ri, o império opera, a cidade sangra
De Campos à Angra
Combater é preciso
Então levanta, Mujahid, Levanta!


quinta-feira, 3 de abril de 2014

A Dança.

Alto, como se via
Círculos semi-fechados
Rosas, dados, sangria
Sonhos inaugurados

Quando, na melodia
Teu brinco acorrentado
Prendeu-me nos teus cercados?
Fez-me o que queria

Alto, quando sentia
Teus dois olhos molhados
Teu vestido em rebeldia
Bailava em ti, exaltado

Quando imaginaria
Ter teus seios deitados,
Teus brincos aprisionados
Em minha noite vazia?

Baixo, sussura magias
Cola minha alma em cacos
Quem imaginaria?




terça-feira, 1 de abril de 2014

Quando Crescer

Tenho, morando em meu quarto
Um preto velho de pernas compridas, chapéu de palha
Que uma noite me perguntou quem eu queria ser quando eu crescer.

Eu disse que queria ser Diego: Com sua simplicidade doce, sua malandragem inocente.
Que queria ser Janaina: Com as superficialidades mais profundas que existem
Queria ser Argolo: Com sua perfeição imperfeita, com suas paixões eternas e inconstantes.
Queria ser Merlin: Com a tristeza sublime, os gritos abafados e o ódio silencioso.
Queria ser Mateus: Articulado sempre, exato sempre, coerente sempre, intenso.
Queria ser Mineiro: Um Guru a quem recorremos sempre que a poesia nos escapa entre os dedos, para namorar as estrelas no céu. Ele é zelador do céu.
Queria ser Victor: Criar mundos apartir do pó. E me aventurar neles, sem medo.

O Preto velho me olhou, com aqueles olhos de supernova. Gargalhou forte, um trovão!
E acordei Gabriel.