terça-feira, 1 de abril de 2014

Quando Crescer

Tenho, morando em meu quarto
Um preto velho de pernas compridas, chapéu de palha
Que uma noite me perguntou quem eu queria ser quando eu crescer.

Eu disse que queria ser Diego: Com sua simplicidade doce, sua malandragem inocente.
Que queria ser Janaina: Com as superficialidades mais profundas que existem
Queria ser Argolo: Com sua perfeição imperfeita, com suas paixões eternas e inconstantes.
Queria ser Merlin: Com a tristeza sublime, os gritos abafados e o ódio silencioso.
Queria ser Mateus: Articulado sempre, exato sempre, coerente sempre, intenso.
Queria ser Mineiro: Um Guru a quem recorremos sempre que a poesia nos escapa entre os dedos, para namorar as estrelas no céu. Ele é zelador do céu.
Queria ser Victor: Criar mundos apartir do pó. E me aventurar neles, sem medo.

O Preto velho me olhou, com aqueles olhos de supernova. Gargalhou forte, um trovão!
E acordei Gabriel.


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