domingo, 16 de março de 2014

Manhã Gloriosa IV


...É a morte. A última transcendência. A última
Vertigem.
- E eu estou doente. Eu estou muito doente.
Queria viver como um cão. Contemplativo.
Uma vida totalmente sensorial, repleta de
Instintos, e emoções pungentes. E curta
Ah! Como é gloriosa e curta a vida dos cães!
A dos homens, por outro lado, se estende
Enfermiça, enfadonha, repleta de clichês.
Cheia de dias cinzas, de noites frias, e verões
Sufocantes. E no fim, bem no fim,
Deitamos na sombra do tempo ido
Fechamos os olhos e dormimos.
Mas só depois de termos estado bem doentes
- Nascemos miseravelmente doentes.

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